A vida monástica tem como origem, centro e fim, a união esponsal com o Cristo. Tal união é nutrida, mantida e aperfeiçoada mediante um caminho que atingirá sua plenitude, na união com Cristo, na Pátria Celeste. Os mosteiros e casas religiosas, principalmente os contemplativos, buscam no trabalho manual um prolongamento de sua oração contínua. Para que essa união com o Divino Esposo não seja prejudicada e ainda mais aperfeiçoada, buscam as comunidades religiosas - principalmente as monásticas - uma atividade laboral que, não só as mantenha, senão também as auxilie na busca de Deus. E dessa forma transbordam a Sua Presença além-muros para os demais fiéis e povo de Deus, que bebem de sua espiritualidade, ao seu derredor.

É dentro desse contexto que são fabricadas as partículas que se transformarão nas espécies consagradas, nas nossas celebrações litúrgicas. A matéria que mais tarde se transformará em Corpo Verdadeiro de Nosso Senhor Jesus Cristo, começa a tornar-se dádiva bem no início de sua fabricação, enquanto mãos que rezam, já adoram Aquele que Se fará presente, já não como apenas sinal, senão como realidade concreta. É digno que tão maravilhoso e Sacro Mistério, que consagrará a simples matéria do pão, em Pão descido do Céu (Cf. Jo 6, 51), tenha como artesãs, mãos que, juntamente com todo o seu ser, foram também elas, consagradas a Deus.

A Abadia da Ressurreição acredita no valor espiritual e material que estas comunidades representam para o mundo. 

Imagens gentilmente cedidas pelas Clarissas do MOSTEIRO MÃE DA PROVIDÊNCIA (Cascavel - PR)

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